O Brasil deu início nesta quinta-feira, 22 de maio, ao período de vazio sanitário na granja comercial de Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde foi confirmado o primeiro foco de influenza aviária em ambiente de produção intensiva no país. A medida marca uma etapa crucial no controle da doença e busca interromper o ciclo de contaminação.
Durante 28 dias, a granja permanecerá sem qualquer atividade avícola ou presença de aves. O protocolo é rigoroso e segue as diretrizes do Plano Nacional de Contingência do Ministério da Agricultura e Pecuária, alinhado a normas internacionais. O local já passou por processos completos de limpeza e desinfecção, que incluíram não apenas os galpões, mas também todas as áreas administrativas e de apoio, como vestiários, lavanderias e almoxarifados.
No entorno da granja gaúcha, 540 propriedades rurais foram vistoriadas, sendo que apenas outras duas possuem atividade avícola comercial. Embora o foco esteja no Rio Grande do Sul, o cenário nacional ainda inspira atenção.
Onze outros casos estão sob investigação em diferentes estados, incluindo Mato Grosso do Sul, onde um foco suspeito foi divulgado hoje.
O Ministério da Agricultura reforça que a influenza aviária, embora grave para aves e ocasionalmente detectada em mamíferos, como bovinos, apresenta risco muito baixo de transmissão para humanos. Ainda assim, recomenda-se atenção às medidas preventivas, como evitar o contato com animais doentes e não manipular aves mortas.
O consumo de carnes e ovos continua seguro, desde que os alimentos sejam devidamente cozidos. Caso o vazio sanitário transcorram sem novas ocorrências, o país poderá declarar a região livre da doença e iniciar a reabilitação das exportações avícolas afetadas pelo bloqueio.
FONTE: CAMPO GRANDE NEWS